Os Evangélicos e a Revolução Moral Gay


Albert Mohler Jr.05 de Setembro de 2011 - Ética


A igreja cristã tem enfrentado muitos desafios na sua história de 2000 anos. Mas agora está enfrentando um desafio que sacode seus alicerces: o homossexualismo.

Para muitos observadores, isso parece estranho e até mesmo trágico. Por que os cristãos não podem simplesmente unir-se à revolução?

E não se enganem, é uma revolução moral. Como o filósofo Kwame Anthony Appiah da Universidade de Princeton demonstrou em seu recente livro, "The Honor Code" (O Código de Honra), as revoluções morais geralmente permanecem por longos períodos. Mas isso é difícil de acontecer com o que temos testemunhado na questão do homossexualismo.

Em menos de uma simples geração, o homossexualismo passou de uma coisa que era quase universalmente entendida como pecado, para outra que está sendo declarada equivalente à moral da heterossexualidade — e merece tanto a proteção legal quanto o encorajamento público. Theo Hobson, um teólogo britânico, argumenta que isto não é exatamente o enfraquecimento de um tabu. Pelo contrário, é uma inversão moral que acusa aqueles que defendem a antiga moralidade de nada menos que "deficiência moral".

As igrejas e denominações liberais facilmente escaparam dessa situação desagradável. Simplesmente se acomodaram à nova realidade moral. Agora o padrão está estabelecido. Essas igrejas discutem o assunto com os conservadores argumentando que mantêm a antiga moral e os liberais defendendo que a igreja deve se adaptar ao que é novo. Finalmente, os liberais ganharam e os conservadores perderam. A seguir, a denominação consagra abertamente os candidatos gays ou decide abençoar as uniões entre pessoas do mesmo sexo.

OPINIÃO DO PR. JÔNATAS DAVID (Pastor da Igreja Batista Central, em Tx.Freias BA)
(considerando as preocupações e argumentos mencionados neste texto)
A Bíblia declara-se totalmente contrária ao homossexualismo, ela mostra que é resultado da condição pecaminosa da humanidade, consequência do afastamento do homem de tudo que seja a Vontade de Deus... "Deus os entregou às paixões infames", o Senhor permitiu que eles decaíssem na lama de suas próprias paixões, Rm.1:22-27. Mas, Jesus, em seu tempo, diante de uma promiscuidade enorme, inclusive quanto ao homossexualismo, em nada atacou, diretamente este pecado, mas centrou-se no motivo que promoveu este e outros tantos pecados de tamanho grande como este, como a prostituição, a desonestidade, o vício e outros, ele se concentrou em pregar contra a situação pecaminosa do homem, o afastamento de Deus, a iniquidade, entendendo ele que pregando contra isto, estaria pregando, até diretamente, contra todo tipo de pecado e delinquência. Assim, o papel da igreja é claramente se colocar ao lado da Bíblia, mas respeitar, de verdade, o direito que todos têm de desobedecer a Bíblia. Eles não são obrigados a seguí-la, até mesmo, porque nós, até com a ajuda do Espírito Santo, falhamos muito contra ela. Não temos que fazer guerra contra os pecadores, pois Deus os ama e deseja muito salva-los, e fazendo guerra, dificultaremos eles entenderem o nosso amor por eles, e principalmente, o amor do Senhor para com cada um deles.

Segue o estudo do autor deste texto.....
Esse é um caminho pelo qual os cristãos evangélicos comprometidos com toda a autoridade da Bíblia não podem tomar. Uma vez que cremos que a Bíblia é a palavra de Deus revelada, não podemos nos acomodar com essa nova moralidade. Não podemos fazer de conta que não sabemos o que a Bíblia ensina explicitamente, que todos os atos homossexuais constituem pecado, o que acontece em todo o comportamento sexual humano fora da aliança do casamento. Cremos que Deus revelou um padrão para a sexualidade humana que além de apontar para o caminho da santidade, também indica a verdadeira felicidade.

Portanto não podemos aceitar os sedutores argumentos que as igrejas liberais adotaram tão rapidamente. O fato de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo agora é uma realidade legal em diversos estados significa que devemos futuramente estipular que seguimos as Escrituras para definir o casamento como a união de um homem e uma mulher — e nada mais.

Fazemos isso sabedores de que antes, em nossa sociedade, muitos partilhavam das mesmas pressuposições morais, mas agora um novo mundo está surgindo rapidamente. Não precisamos ler as pesquisas e as avaliações, tudo o que temos de fazer é conversar com os nossos vizinhos ou assistir a entrevistas culturais.

Nesta situação cultural muito desagradável, os evangélicos devem se declarar dolorosamente explícitos de que não falamos sobre o pecado da homossexualidade como se nós não tivéssemos pecado. Na verdade, é exatamente porque nos reconhecemos pecadores e sabemos da necessidade de um salvador é que viemos a crer em Jesus Cristo. Nosso maior temor não é que a homossexualidade seja normatizada e aceita, mas que os homossexuais não reconheçam sua própria necessidade de Cristo e do perdão dos seus pecados.

Esta não é uma preocupação que seja facilmente expressa aos poucos. É no que verdadeiramente acreditamos.

Ficou abundantemente esclarecido que os evangélicos falharam de tantas maneiras na solução deste desafio. Temos com freqüência falado sobre a homossexualidade de maneira crua e simplista. Falhamos em reconhecer que a sexualidade define claramente que somos seres humanos. Falhamos em reconhecer o desafio da homossexualidade como questão evangélica. Somos aqueles, afinal, que supomos saber que o Evangelho de Jesus Cristo é o único remédio para o pecado, a começar do nosso próprio.

Minha esperança é que os evangélicos estejam agora prontos para assumir este desafio de uma maneira nova e significativa. Realmente não temos escolha, pois estamos falando de nossos próprios irmãos e irmãs, nossos próprios amigos e vizinhos, ou talvez os jovens nos bancos ao lado.

Não podemos escapar do fato de que estamos vivendo no meio de uma revolução moral. Entretanto, não é apenas o mundo que nos rodeia que está sendo testado, mas também a igreja cristã. Precisamos descobrir quanto cremos no Evangelho que tão impetuosamente pregamos.

Traduzido por: Yolanda Mirdsa Krievin

Do original em inglês: Evangelicals and the Gay moral Revolution. Publicado originalmente no site: www.albertmohler.com

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Albert Mohler Jr. é reconhecido como um dos líderes mais influentes dos Estados Unidos pelas revistas Time e Christianity Today. Possui um programa no...





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