O EVANGELHO O Evangelho não é... A BÍBLIA - Em primeiro Lugar , o Evangelho não é a Bíblia. Em geral, quando eu pergunto a alguém: “O que você entende por Evangelho?” A pessoa logo responde: “Ora, ele é a Bíblia e a Bíblia é a Palavra de Deus”. Sem dúvida, a Bíblia é a Palavra de Deus, mas ela contém uma grande porção que não é o Evangelho. Exemplos: Salmo 37:28: “...a semente dos ímpios será desarraigada”. Isto é biblicamente verdadeiro, porém não é o Evangelho. Hebreus 10:31: “Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo”. Isto é bíblico, porém não é o evangelho. A palavra “evangelho” significa “boas novas” (No Inglês é “good” = bom; “spell” = pronunciamento; daí vem “Gospel”). Como “evangelho” em Grego é “boas novas”, no Inglês ele tem a mesma significação, com o uso do termo “Evangel”. “Gospel” significa “boas novas” para os pecadores. A Bíblia contém “gospel”, mas também grande parte do que não é exatamente “gospel”. O Evangelho não é... Os Dez Mandamentos - O Evangelho não é apenas a mensagem de Deus, dizendo como o homem deve se comportar. Então, “o que é o Evangelho?” Fiz esta pergunta, algum tempo atrás, a um homem e ele respondeu: “Ora, eu diria que ele é apenas os Dez Mandamentos e o Sermão do Monte e creio que se um homem os seguir, será muito abençoado”. Respondi: “Concordo. Mas você já ouviu falar de alguém que tenha vivido conforme estes preceitos?” O Sermão do Monte exige atos de justiça que nenhum homem é capaz de produzir. A Lei não é o Evangelho. Ela é exatamente a antítese do Evangelho. Ela foi dada ao homem para mostrar a necessidade do Evangelho. Em Gálatas 3:22-24, Paulo diz: “Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio”. O Evangelho não é... Arrependimento - O Evangelho não é uma chamada ao arrependimento, ou uma emenda aos nossos caminhos, como uma compensação pelos pecados passados ou uma promessa de que seremos melhores no futuro. Estas coisas tem o seu lugar [na vida cristã], porém não substituem o Evangelho, pois este não é um bom conselho a ser obedecido, mas uma “boa notícia”, na qual devemos crer. Então, não cometa o erro de pensar que o Evangelho é uma chamada à obrigação de uma reforma de vida, uma chamada para que você melhore sua condição ou para que se comporte de um modo mais perfeito do que o fez, no passado. O Evangelho não é... Desistir do mundo - não exige que você se afaste do mundo, abandonando os seus pecados, renunciando os seus maus hábitos e tentando cultivar somente os bons hábitos. Alguém pode fazer tudo isto, sem crer no Evangelho e, portanto, nunca ser salvo. Existem várias designações para o Evangelho no Novo Testamento. Mas, antes de tudo, é preciso esclarecer que, quando esta bendita mensagem é mencionada, ela vem invariavelmente acompanhada do artigo definido “O”. Ele é “o Evangelho”, não “um Evangelho”. As pessoas dizem que existem muitíssimos evangelhos diferentes; entretanto, Evangelho verdadeiro só existe UM, que é “o Evangelho”. Quando alguns mestres religiosos foram aos gálatas, tentando desvirtuá-los da simplicidade que havia em Cristo Jesus , usando “outro evangelho”, o Apóstolo Paulo logo explicou que aquele era “outro evangelho”. O Evangelho é exclusivo; é a exclusiva revelação de Deus ao homem pecador. O Evangelho não é... Uma Religião Comparada - Os eruditos deste mundo falam de uma Ciência das Religiões Comparadas e é muito comum escutarmos hoje em dia: “Já não precisamos ir às nações pagãs para lhes pregar o Evangelho, conforme era feito no passado, pois estamos aprendendo que as suas religiões são tão boas como a nossa. Devemos compartilhar com elas, estudando as religiões diferentes, retirar o que elas têm de bom para, assim, podermos levar ao mundo um sentimento de fraternidade e unidade.” Por isso, nas grandes universidades e colégios, os homens estudam a Ciência das Religiões Comparadas, comparando todos os diferentes sistemas religiosos uns com os outros. Mas, o Evangelho não faz parte das religiões comparadas. Todas as religiões do mundo podem ser comparativamente estudadas, visto como são todas semelhantes, mostrando o homem tentando ganhar a própria salvação. Elas podem ser conhecidas por nomes diferentes. Seus seguidores podem ser convocados a realizar coisas diferentes, mas todas essas religiões estabelecem o homem tentando salvar sua alma; tentando conseguir o favor de Deus pelo próprio esforço. Neste sentido, todas elas entram em absoluto contraste com o Evangelho, “o qual é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16), a mensagem que conta o que Deus fez por nós, a fim de que nós, pecadores culpados, sejamos salvos. As sete designações de o Evangelho são: 1. - O Evangelho do Reino - e quando uso este termo não estou especialmente pensando em qualquer aplicação dispensacionalista, mas na bendita verdade que somente crendo no Evangelho é que os homens podem nascer de novo no Reino de Deus. Nós cantamos um hino falando da visita noturna de Nicodemos a Jesus, na qual Jesus fala do novo nascimento. Mas, nenhum de nós poderia conseguir tal milagre [nascer de novo] pelo nosso próprio esforço. Nada tivemos a ver com o nosso primeiro nascimento e nada teremos a ver com o segundo nascimento. Ele deve ser uma obra exclusiva de Deus, a qual é operada através do Evangelho: “Não te maravilhes de te ter dito: necessário vos é nascer de novo” (João 3:7). Também, na 1 Pedro 1:23-25, lemos: “Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre. Porque toda a carne é como a erva, e toda a glória do homem como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a palavra do SENHOR permanece para sempre. E esta é a palavra que entre vós foi evangelizada”. Este é o Evangelho do Reino. Ele também é chamado... 2) - O Evangelho de Deus - Porque ele provém de Deus e é totalmente dEle. Homem nenhum jamais imaginou um Evangelho como este. O simples fato de que todas as religiões do mundo estabelecem que o homem deve operar a própria salvação indica o fato de que homem nenhum jamais teria sonhado com um Evangelho assim como este que foi revelado no Livro. Ele proveio do coração de Deus e é “o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16). Também lemos na 1 João 4:9-10: “Nisto se manifesta o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos. Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados”. E por ser ele o Evangelho de Deus, o Senhor é muito zeloso em relação ao mesmo. Ele deseja conservá-lo puro, sem a mistura de quaisquer termos e leis dos homens. Ele não quer vê-lo apresentado com ordenanças religiosas ou qualquer coisa deste tipo. O Evangelho é a pura mensagem do próprio Deus para o homem pecador. Deus permitiu que você e eu pudéssemos recebê-lo, na exata verdade, como sendo o Evangelho de Deus. E assim ele é chamado. 3. - O Evangelho do Seu Filho - Não simplesmente porque o Filho andou pregando o Evangelho, mas porque Ele é o tema central do mesmo. Em Gálatas 1:15-16, Paulo diz: “Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei a carne nem o sangue...” Na 1 Coríntios 1:23-24, ele diz: “Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus”. Ninguém pode pregar este Evangelho sem exaltar o Senhor Jesus Cristo. Ele é a maravilhosa mensagem de Deus sobre o Seu Filho. Quantas vezes tenho ido a encontros, nos quais me haviam dito que iriam pregar o Evangelho e escutei um exaltado pregador falar para uma exaltada audiência sobre qualquer assunto, exceto sobre o Senhor Jesus Cristo. O Evangelho tem tudo a ver, exclusivamente, com Jesus Cristo. Ele é o Evangelho do Filho de Deus; por isso é assim chamado. 4. - O Evangelho de Cristo - Pregando no dia de Pentecoste, o Apóstolo Pedro assim falou a respeito do Salvador ressuscitado: “Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, em nome desse é que este está são diante de vós”... E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. (Atos 4:10,12). Paulo diz, na 1 Coríntios 15:17: “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados”. Alguns anos atrás, um grande pregador novaiorquino (grande na impertinência) teve audácia de dizer, num sermão da Páscoa: “O corpo de Jesus continua dormindo numa tumba síria, porém sua alma continua em marcha”. Este não é o Evangelho de Cristo. Não estamos pregando o Evangelho de um Cristo morto, mas de um Cristo vivo, o Qual está assentado à destra do Pai, vivo para salvar todos os que põem sua confiança nEle. Esta é a razão por que nós, que conhecemos o Evangelho de Cristo, não usamos crucifixos nas igrejas nem nas casas. O crucifixo é o símbolo de um Cristo morto, languidamente pendurado numa cruz de vergonha. O nosso Cristo, conforme O apresentamos aos homens, é um Cristo vivo, não morto. Ele vive exaltado à destra de Deus Pai e salva todos os que a Ele se achegam. O Evangelho também é chamado... 5. - O Evangelho da Graça de Deus - Porque ele não deixa espaço a qualquer mérito humano, simplesmente liquidando toda pretensão de bondade e coisa alguma que não seja o julgamento. Ele é o Evangelho da Graça e graça é um favor imerecido, que é dado a quem merece o contrário. Ele não se mistura, a exemplo do óleo com a água. Lemos em Romanos 11:6: “Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se, porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra” (Romanos 11:6). Algumas pessoas dizem: “Mas podemos ter as duas coisas”. Por isso coloquei o assunto desta maneira: Certa vez dois teólogos viajavam num barquinho. Um deles argumentava, tentando provar que a salvação é pela fé, enquanto o outro dizia que era pelas obras. O barqueiro os escutava e resolveu se pronunciar: “Permitam-me dizer como isto me parece. Suponhamos que eu chame este remo de fé e este outro de obras. Se eu uso este remo, o barco fica rolando. Se eu uso o outro, o barco vai para um lado. E quando eu uso os dois, o barco consegue atravessar o rio”. O mal é que muitos pregadores estão usando esta ilustração, tentando mostrar que a salvação é pela fé mais obras. Até que isto poderia funcionar, caso estivéssemos indo de barco para o céu, porém não estamos. Somos carregados nos ombros do Pastor, o Qual veio buscar as ovelhas perdidas e, quando as encontra, coloca-as sobre os ombros. Este Evangelho também é chamado... 6. - O Evangelho da Glória de Deus - Amo este nome. Ele é o Evangelho da Glória de Deus porque veio do lugar da glória onde o Senhor Jesus entrou. O véu se rasgou e agora resplandece a glória. Onde quer que este Evangelho seja proclamado, ele fala do caminho da glória para o homem pecador. De um caminho diante do Trono da Misericórdia, purificado de toda mancha. É o Evangelho da Glória de Deus, pois, antes de Cristo ter entrado na glória, ele não pôde ser pregado em sua totalidade e somente quando isto aconteceu é que ele pôde ser entregue ao mundo perdido. Ele também é chamado... 7. - O Evangelho Eterno - Porque jamais será sobrepujado por qualquer outro. Nem antes, nem depois dele. Um dos professores da Universidade de Chicago escreveu um livro, alguns anos atrás, no qual tentou mostrar que o Evangelho de Jesus poderia ser sobrepujado pelo de outro mestre maior. Nesse caso, "o evangelho" por ele ensinado tornou-se uma mensagem mais apropriada à inteligência de certos “eruditos” dos séculos passados. Não e não! Mesmo que este mundo pudesse continuar existindo por mais um milhão de anos, jamais iria precisar de outro Evangelho, porque este é o Evangelho Eterno, pregado pelo Apóstolo Paulo, confirmado com os sinais de glória que se seguiram. É o Evangelho que tem conduzido à salvação tantos pecadores culpados. O Evangelho Declarado - Qual é, portanto, o conteúdo deste Evangelho? Vejamos: “Porque eu recebi do SENHOR o que também vos ensinei” (1 Coríntios 11:23). Imagino que o coração de Paulo deveria estar abrasado, ao escrever estas palavras e que ele retrocedeu, 30 anos, na memória, àquele dia na estrada de Damasco, para onde ele se dirigia, com o coração cheio de ódio, a fim de perseguir os cristãos. Ele foi arremessado ao chão, uma luz brilhou e ele escutou: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Quando ele indagou: “Quem és tu, Senhor?” A resposta veio: “Eu sou Jesus, a quem persegues”. Naquele dia, Saulo conheceu o Evangelho. Ele aprendeu que Aquele que morreu na cruz estava vivo e era o Senhor da Glória. Naquele momento, sua alma foi salva e Saulo se transformou em Paulo, o Apóstolo aos Gentios. Portanto, agora, ele diz: “Porque eu recebi do SENHOR o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim”. (1 Coríntios 11:23-25). Antes de tudo, “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, Ele foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia”. O Evangelho não era novidade na mente de Deus. Ele havia sido predito através de todo o Velho Testamento. Cada vez que o vindouro Salvador foi anunciado, houve a proclamação do Evangelho. Começou no Éden, quando o Senhor disse à serpente: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gênesis 3:15). Ele foi tipificado em cada sacrifício feito no maravilhoso tabernáculo do Templo. Temos a proclamação de Isaías 53:5-7: “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca”. Ele foi pregado por Jeremias 23:6: “Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o seu nome, com o qual Deus o chamará: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA”. Zacarias 13:7 proclamou: “Ó espada, desperta-te contra o meu pastor, e contra o homem que é o meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos. Fere ao pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão sobre os pequenos”. Em todas as dispensações do Velho Testamento, o Evangelho foi predito e, quando Jesus veio, o Evangelho veio junto com Ele. Quando Ele morreu, quando foi sepultado e quando ressuscitou, o Evangelho pôde ser pregado em sua totalidade, para um pobre mundo perdido. Paulo diz: “Cristo morreu por nossos pecados”. Ninguém pode pregar o Evangelho, mesmo falando coisas lindas, se deixar de enaltecer Jesus Cristo, Sua morte vicária na cruz do Calvário e Sua ressurreição. A morte de Cristo, não Sua vida - Eu estava pregando numa igreja, na Virginia, quando um ministro orou: “Senhor, libera a Tua bênção quando a Tua Palavra for pregada esta noite. Que ela se torne um meio de levar as pessoas a caírem de amor pela vida de Cristo, para que elas possam viver a vida de Cristo!” Eu senti vontade de dizer: “Irmão, sente-se. Não insulte Deus desta maneira!” Mas preferi ser cortês, sabendo que chegaria a minha vez de levantar-me e lhe dizer a verdade. O Evangelho não pede que vivamos a vida de Cristo. Se a sua salvação depender disto, então você só vai merecer o inferno, pois jamais poderá vivê-la por si mesmo. Isto é absolutamente impossível. A principal mensagem do Evangelho é a história da Reparação Vicária de Cristo. Ele não veio ao mundo para ensinar os homens a viverem uma vida de modo que possam se salvar a si mesmos, nem para viverem uma vida bonita, para que, à parte de Sua morte, os homens possam se salvar a si mesmos. Ele foi feito menor do que os anjos, para sofrer até a morte. Ele Se entregou como resgate por todos nós. Quando Ele instituiu a Ceia do Senhor, disse: “Tomai e comei... Isto é o meu corpo...Tomei e bebei, isto é o meu sangue” (1 Coríntios 11:24-25). Não existe Evangelho algum se a morte de Cristo for deixada de lado, pois não existe outro meio pelo qual importa que sejamos salvos, exceto a morte do Imaculado Filho de Deus. Alguém vai dizer: “Mas, eu não entendo”. Esta é uma terrível confissão, pois, “se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto”. (2 Coríntios 4:3). Quem deixar de entender que não existe outro meio de salvação, além da morte de Cristo, estará contando a própria história de sua perdição. E não estará perdido apenas no dia do Julgamento... Já está perdido, desde agora. Contudo, graças a Deus, “o Filho do Homem veio buscar e salvar os perdidos” e por isto Ele foi até a cruz. Nenhum dos que foram resgatados jamais saberá quantas águas profundas correram. Nem ainda quão tenebrosa foi a noite que o Senhor atravessou para encontrar Suas ovelhas perdidas. A necessidade da morte - Ele precisou mergulhar nas profundas águas da morte, a fim de que fôssemos salvos. Você poderia pensar numa ingratidão maior de um homem ou de uma mulher que despreze a vida que lhe foi oferecida pelo Salvador que por ele (ou ela) entregou Sua vida na cruz? Jesus morreu por você e talvez você jamais tenha confiado nEle, para Lhe confessar que você é um pobre, perdido, arruinado e culpado pecador. Mas, tendo em vista que Ele entregou Sua vida em seu favor, você gostaria de recebê-Lo como Salvador? SUA MORTE FOI REAL! Ele ficou sepultado, dentro de um túmulo, por três dias. Ele morreu, foi sepultado e este foi o testemunho de Deus. Não foi apenas uma pretensa morte, mas Ele, o Senhor da Vida, precisou descer à morte, tendo sido por ela mantido por três dias e três noites, até chegar a hora da Ressurreição. Ele ressuscitou no terceiro dia, conforme as Escrituras. Este é o Evangelho e nada pode ser acrescentado ao mesmo. Algumas pessoas dizem: “Então, eu preciso me arrepender?” Sim, você precisa se arrepender, mas isto não é o Evangelho. “Mas eu não devo ser batizado?” Bem, para ser um cristão, você deve ser batizado, mas o batismo não é o Evangelho. Paulo disse: “Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã”. (1 Coríntios 1:17). Ele batizou algumas pessoas, mas não considerou isto como sendo o Evangelho. E o Evangelho foi a grande mensagem, a qual ele foi incumbido de pregar ao mundo. E o resumo deste Evangelho é: “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia...” O Evangelho aceito - Vejamos o resultado de crer no Evangelho. Atos 4:12: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos”. E na 1 Coríntios 15:14: “E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé”. Se você crê que Cristo morreu pelos seus pecados, foi sepultado e ressuscitou no terceiro dia, então você está salvo. Você crê nisto? Pessoa alguma jamais conseguiu acreditar nisto, a não ser pelo testemunho do Espírito Santo. O Espírito de Deus é Quem vence a descrença do coração humano, possibilitando o homem a crer na mensagem do Evangelho. Esta não é uma mera crença intelectual, mas a que chega à pessoa, quando ela está pronta a recebê-la, garantindo, assim, toda a sua eternidade, pelo fato de que Cristo morreu por ela: “Está consumado e nisto eu creio para ganhar a minha eternidade”. Você pode dizer isto pela fé? O Evangelho rejeitado - O que dizer do homem que não crê no Evangelho? O Senhor Jesus disse aos Seus discípulos: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado”. (Marcos 16:15-16). Quem crê não vai a julgamento, nem é condenado. Deus nos comanda a crer no Evangelho. Você colocou sua confiança exclusivamente nele? É a confiança de sua alma. Ou será que você tem confiado em algo mais? Se, por acaso, você estiver confiando em algo mais, fuja desse engano e corra imediatamente para Cristo. Arrependa-se e creia no Evangelho. Não desperdice a Palavra, fechando os olhos à luz do Evangelho. Pobre pecador, não endureça o seu coração. Seja salvo, esta noite! “The Gospel” - Sermão pronunciado pelo Dr. Henry Ironside, pastor da Chicago’s Moody Memorial Church, de 1930 a 1948. Traduzido por Mary Schultze, em 31/08/2009. |
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