Introdução: Em nossos dias tem sido muito comum encontramos cristãos que pensam que vida cristã é sinônimo de prosperidade econômica. Mesmo quem não é adepto da teologia da prosperidade acaba sendo envolvido com o sonho ou desejo de possuir cada vez mais riquezas. E na maioria das vezes somos testemunhas de pessoas que são consumidas pelo desejo de ter e acabam tomando atitudes que desagradam a Deus a aos homens.
Também temos percebido que muitos há que pensam que Deus é alguém que pode ser comprado ou que aceita barganhas. Quantos são os que dizimam ou fazem doações financeiras às suas igrejas só porque a Bíblia promete prosperidade aos que assim fazem? Quantos são os que participam de “desafios de fé” dando até aquilo que não poderiam porque em seus corações foi semeada a cobiça. Na fertilidade deste momento gostaria se desafiá-los a olhar para os conceitos existentes nestes versos de Tiago e oro para que Deus o ajude a compreender sua vontade.
“O irmão pobre deve ficar contente quando Deus o faz melhorar de vida; e o rico deve sentir o mesmo quando Deus o faz piorar de vida. Pois o rico desaparecerá como a flor da erva do campo. Quando o sol brilha forte, e o seu calor queima a planta, aí a flor cai, e a sua beleza é destruída. Do mesmo modo, o rico será destruído no meio dos seus negócios”(Tiago 1.9-11).
I – OS DESAFIOS DA POBREZA E DA RIQUEZA.
“Duas coisas peço que me dês antes que eu morra: Mantém longe de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem pobreza nem riqueza; dá-me apenas o alimento necessário. Se não, tendo demais, eu te negaria e te deixaria, e diria: ‘Quem é o Senhor?’ Se eu ficasse pobre, poderia vir a roubar, desonrando assim o nome do meu Deus”(Provérbios 30.7-9 NVI).
1) Na pobreza nós somos tentados à amaldiçoar a Deus. Como a esposa de Jó queria que seu marido fizesse quando eles perderam tudo(Jó 2.9). Hoje temos visto muitas pessoas agindo assim quando as coisas não estão boas em suas vidas.
2) Na riqueza nós podemos ser tentados a nos esquecer de Deus. Como Deus advertiu Israel dizendo que isso poderia acontecer com eles(Deuteronômio 8.10-14,17). E como de fato isto acabou acontecendo com essa nação(Oséias 13.5-6).
O princípio aqui é bem simples: tanto a pobreza quanto a riqueza têm potencial para nos causar problemas.
II – RAZÕES PARA ALEGRIA NA POBREZA OU NA RIQUEZA.
1) Se nós somos pobres então podemos regozijar porque nós temos sido exaltados.
a) Deus tem escolhido o pobre para ser rico em fé(Isaías 66.1-2; Tiago 2.5). O pobre teve o privilégio de ser alcançado pelo Evangelho antes dos demais(Lucas 4.18). O pobre e escravo do pecado tem o privilégio de tornar-se livre em Cristo(1 Coríntios 7.21-22).
b) Os pobres economicamente falando podem ser espiritualmente ricos. Isso nos iguala com todos os cristãos: “Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu e tornou a viver. Conheço as suas aflições e a sua pobreza; mas você é rico! Conheço a blasfêmia dos que se dizem judeus mas não são, sendo antes sinagoga de Satanás”(Apocalipse 2.8-9 NVI).
2) Se nós somos ricos então podemos regozijar porque nós temos sido humilhados.
a) Os ricos são humilhados quando eles tornam-se escravos de Cristo(1 Coríntios 7.21-22). Quando se igualam aos demais cristãos e aprendem que as riquezas não significam nada(Apocalipse 3.11-19).
b) Por que é bom quando um rico é humilhado? As riquezas são temporárias(Tiago 1.10-11; Provérbios 23.1-5; 1 Timóteo 6.17). As riquezas são incapazes de redimir as nossas almas(Salmo 49.6-9,13,20). O amor ao dinheiro é um problema e a raiz de todos os males(1 Timóteo 6.9-10).
c) Se já somos cristãos estamos então livres desses males provocados pelas riquezas. Isso nos livrará dos mesmos erros cometidos por muitas pessoas ao nosso redor. Principalmente o erro de pensar que o dinheiro pode providenciar a verdadeira segurança. Lembre-se do rico tolo descrito em Lucas 12.13-21).
III – SEJA UM CRISTÃO SUBMISSO À VONTADE DE DEUS.
1) O texto nos ensina que o cristão pobre submisso à vontade de Deus fica feliz quando Deus o faz melhorar de vida. Sim queridos irmãos o Senhor pode mudar a nossa condição sócio-econômica e no caso disso ocorrer além da felicidade devemos reconhecer e agradecer a Deus pela bênção. Tenho ouvido pessoas que prosperam financeiramente e que darem seu “testemunho pessoal” falam de si mesmas, de sua igreja ou ministério, de seus esforços e sacrifícios e infelizmente deixam de glorificar o autor da boa obra que é Deus. Ola irmão você prosperou? Então louve ao Senhor com alegria!
2) O texto nos ensina que o cristão rico submisso à vontade de Deus fica feliz quando Deus o faz piorar de vida. Por outro lado é necessário que reconheçamos que o mesmo Senhor que dá pode tirar. E no caso disso ocorrer também devemos manter o coração alegre na presença dos homens e de Deus. Será que o rico fica feliz quando perde suas riquezas e sabe viver como pobre? No caso de um rico que se submete a vontade de Deus isso é possível porque ele reconhece que a sua maior riqueza é indestrutível: a vida eterna que dinheiro não pode comprar, nem inflação nem ladrões podem roubar. Olá irmão você perdeu e fracassou? Então louve ao Senhor com alegria!
3) O texto nos ensina que os cristãos ricos e pobres submissos à vontade de Deus devem reconhecer a brevidade da vida. Ambos ricos e pobres precisam reconhecer sua insignificância e fragilidade. Nossa vida é comparada a uma flor do campo que tem um tempo de existência muito curto. O que é que temos feito de nossa vida? Será que não estamos perdendo tempo colocando toda a nossa confiança nos recursos financeiros? Amados não podemos basear nossa felicidade naquilo que é transitório e que pode ser perdido ou roubado: os bens deste mundo. Confiemos em Deus durante a nossa caminhada é Ele que nos sustenta, alimenta, salva e nos torna felizes.
4) O texto nos ensina que os ricos que não se submetem à vontade de Deus serão destruídos por seus próprios negócios. Os que deixam de considerar as orientações de Deus estão fadados ao fracasso. Quantos têm sido literalmente exterminados pelos seus próprios negócios? Seja pela corrupção e pela cobiça que os levam à morte e ao mundo do crime. Seja pela falência. Seja pela ilegalidade. Você está deixando de se submeter à vontade divina em função de suas atividades comerciais? Saia desta vida meu amado enquanto você ainda está vivo. Considere os caminhos do Senhor e confie nele!
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