Corpolatria - Mary Schultze

De um trabalho do Pr. Marcos Amazonas, meu amigo brasileiro que pastoreia uma igreja batista no inteiro de Portugal, retirei as considerações abaixo:

Quais são os valores cultivados em nossos dias? Sem medo de errar, afirmo que a mediocridade está sendo cultivada em nossos dias. Jovens que buscam ser famosos, mas não acrescentam em nada de produtivo. Não se firmam em padrões elevados. Vivem de aventuras. Como afirma Kevin Graham Ford, em seu livro "Jesus Para Uma Nova Geração", em 1ª Edição, Editora Candeia, São Paulo, 1998:

“Somos a geração do “Se você gosta, faça!”. Somos bombardeados com mensagens sexuais durante a maior parte das nossas horas em que estamos acordados e nossos corpos vibram com os hormônios da juventude. Portanto, quando se trata de sexo, nós fazemos. Somos perseguidos por pensamentos de morte e medo do fracasso, enquanto ziguezagueamos por este jogo Nitendo chamado “vida”, portanto, quando se trata de algo arriscado, nós fazemos! Damos uma atenção narcisista aos nossos corpos e à nossa aparência física, portanto, quando se trata de manter uma imagem de perfeição física, nós fazemos.”

Paulo César Nascimento, em seu artigo - Corpolatria, Jornal da UNICAMP, Ano XV, Nº 158, Janeiro 2001, diz o seguinte:

“Em uma sociedade em que homens e mulheres passaram a ser valorizados pelos centímetros a mais ou a menos revelados pela fita métrica, o fenômeno Carla Perez é apenas mais um exemplo da desmedida busca e exaltação do corpo perfeito. Antes dela outras beldades, como a apresentadora Xuxa Meneghel e a modelo Joana “Feiticeira” Prado, estiveram em evidência por terem seus atributos físicos aperfeiçoados em mesas cirúrgicas. O sexo masculino também deixou-se seduzir por esse encanto: os homens respondem por cerca de 30% das quase 400 mil cirurgias plásticas realizadas no país este ano, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgiões Plásticos. (...) Psicólogos, sociólogos e médicos, entre outros especialistas, debruçaram-se sobre o tema e não é de hoje que advertem para os efeitos colaterais da volúpia por corpos considerados perfeitos e saudáveis, especialmente entre os jovens. São notórias, particularmente nos bastidores de concursos de modelo, as histórias de meninas que entraram em depressão – e arriscaram a vida com insanos regimes de emagrecimento – após constatar na balança insuportáveis quilogramas a mais em seu peso.”

Infelizmente, a falta de conhecimento da Palavra de Deus e a má influência da TV e da mídia em geral conduziram a humanidade à corpolatria, totalmente embasada no egocentrismo que destrói a comunidação com Deus, pecado que nos conduz à degradação do próprio corpo que idolatramos.

Nosso Deus não tolera concorrência e no momento em que nos dedicamos ao nosso deus pessoal chamado CORPO, Ele nos abandona à mercê dos nossos próprios pecados, conforme Romanos 1:24-25: "Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.

Deus não se deixa zombar. Como um abismo chama outro abismo, a degradação começa na preocupação excessiva com a beleza do corpo, transformando-nos em vítimas da "corpolatria", para em seguida irmos descambando, paulatinamente, pelos degraus que conduzem ao abismo do fogo eterno, onde o verme que nunca morre há de devorar esses corpos tão idolatrados em nossa vida terrena.

Mary Schultze - 27/01/2002

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