STRESSBUSTERS
As sete principais causas do stress.
As sete afirmações do estressado.
As sete respostas do Salmo 23 Causa # 1 do Stress: Preocupação
JEOVAH GIREH*
A preocupação é a primeira grande causa do stress. O estressado vive dizendo: “Afinal, eu tenho necessidades”. O Salmo 23 nos ensina a dizer: “Nada me faltará”.
Preocupação é idéia fixa e antecipada que perturba o espírito (Conforme Novo Dicionário Aurélio, Nova Fronteira). Em outras palavras, a preocupação é a ocupação da mente com algo que ainda não existe. Preocupado é aquele que está ocupado mentalmente com uma situação que ainda não é real.
Existe diferença entre prudência, providência e preocupação. A prudência e a providência implicam ações cautelosas, enquanto a preocupação implica apenas imaginação.
A pessoa prudente é aquela que olha para as necessidades reais existentes no futuro e toma providências antecipadas, para que não seja surpreendido com alguma falta. Como aquele homem que pediu dinheiro ao Presidente Tancredo Neves dizendo-se desprevenido para o iminente parto da esposa. Recebeu como resposta, Meu filho, se você que sabe há nove meses, está desprevenido, imagine eu que estou sabendo agora.
Imagine que você tem uma conta para pagar dia 15. A providência é o que move você a trabalhar para pagar a conta do dia 15. Já a preocupação é o que faz você passar a noite sem dormir, imaginando que não terá dinheiro para pagar a conta do dia 15. Esta opinião antecipada é que chamamos de preocupação. E se constitui uma das maiores causas do stress.
A preocupação, portanto, é inútil, irracional, desnecessária e danosa. Inútil porque não muda o futuro nem altera circunstâncias. Irracional, porque uma idéia fixa que nos consome nos faz agir passionalmente, ou até mesmo nos impedir completamente de agir. A preocupação é, também, desnecessária, porque Jesus prometeu que o pai do céu cuidaria do nosso amanhã.Finalmente, a preocupação é danosa, porque abala nossa saúde mental, física, emocional, relacional e espiritual. A preocupação estressa, e mata.
Como podemos, então, viver despreocupadamente? A certeza de que Deus supre todas as nossas necessidades é o maior antídoto contra a preocupação: “O Senhor é meu pastor, e nada me faltará”. A partir desta afirmação podemos aprender três princípios a respeito de como lidar com a preocupação.
PRINCÍPIO #1
O SENHOR NÃO PODE SER O SEU PASTOR
ENQUANTO O SEU PASTOR NÃO FOR O SEU SENHOR
Este Salmo 23 foi escrito por Davi, que era pastor de ovelhas. Acostumado a conduzir um rebanho completamente dependente, entendia perfeitamente o significado de expressões como cuidar, guiar, prover, suprir e, especialmente, proteger. Davi sabia que uma ovelha fora do horizonte de visão do pastor era uma ovelha em perigo. Uma ovelha longe do rebanho era uma ovelha vulnerável. Uma ovelha rebelde ao comando do pastor era uma presa fácil para os lobos de ocasião. Por esta razão afirma que o Senhor não pode ser o seu pastor enquanto o pastor não for o seu Senhor.
O que significa ter o Pastor como Senhor? Jesus respondeu esta pergunta quando disse, Eu sou o bom pastor, as minhas ovelhas me conhecem, ouvem a minha voz e me seguem.
Ter o pastor como Senhor implica em conhecer, ouvir e seguir, que podemos resumir em uma palavra: obedecer. Ter o pastor como Senhor implica ir atrás do pastor, no rumo indicado pelo pastor, tomando decisões em função da opinião e da orientação do pastor. Enquanto você se mantém no rastro do pastor, porque o conhece, ouve sua voz e segue seu comando, então você não precisa se preocupar. Tudo quanto precisa fazer é descansar na providência deste pastor.
Deus não prometeu tapar os buracos que Ele não mandou cavar. Deus não prometeu pagar as contas que Ele não mandou fazer, assumir as dívidas que Ele não mandou contrair. O que Deus prometeu foi suprir todas as suas necessidades enquanto você anda atrás dEle, sob suas orientações e ordens, descansando em seu cuidado e providência. O grande segredo para que uma ovelha viva despreocupada é manter-se dentro dos limites de segurança estabelecidos pelo pastor. Ficar sempre dentro do raio de visão do pastor.
Como podemos saber se estamos em um lugar onde Deus pode nos ver? Como sabemos que ainda não cruzamos a fronteira e nos colocamos em perigo? Há três coisas que você precisa saber a respeito disso. Em primeiro lugar, você precisa saber que os limites estabelecidos por Deus não são subjetivos. Estes limites são demarcados pela vontade moral de Deus, que alguns chamam de mandamentos. Nesse caso, toda vez que você quebra princípios claros da palavra de Deus, você está saindo dos horizonte do cuidado de Deus e se aventurando a encontrar seu próprio pasto e repouso. Burlou, mentiu, falsificou, enganou, foi egoísta, varreu para debaixo do tapete? Então, assuma as conseqüências. Se você decidiu fazer as coisas do seu jeito, não reclame quando o lobo aparecer. Grite por socorro, mas jamais pergunte, Por que Deus fez isso comigo?
Em segundo lugar, você precisa saber que foi criado à imagem e semelhança de Deus, e nesse caso, deve expressar o caráter de Deus através de seu estilo de vida. Viver de acordo com os mandamentos de Deus não é outra coisa senão viver em alinhamento com o caráter de Deus. Os mandamentos, ou princípios morais do Cristianismo não são contrários à natureza humana, mas sim uma extensão da pessoa de Deus e do homem criado à sua imagem. O natural para o ser humano é a verdade, a solidariedade, a justiça, a bondade. Toda vez que você age em contrariedade com esses princípios, você agride a você mesmo e à sua natureza semelhante a Deus, e por isso o Cristianismo chama isso de pecado.
Em terceiro lugar, você deve saber que Deus está interessado em nos mostrar claramente os limites do seu cuidado. Os princípios morais ou mandamentos de Deus são muito claros. Deus não é dúbio nem volúvel. Sua palavra é “sim, sim” e “não, não”. E a palavra de Deus não muda de acordo com as circunstâncias.
Andar nos horizontes de segurança da providência de Deus não é uma coisa subjetiva. Deus não escolhe a pessoa com quem você vai casar ou a faculdade onde você vai estudar. Essas coisas estão incluídas no “campo verde e águas calmas”, isto é, nosso espaço existencial. O que Deus faz é estabelecer padrões para que você escolha seu cônjuge e encontre sua vocação. Dentro do horizonte dos princípios morais de Deus, você pode decidir sem medo. Com sabedoria, é claro, mas sem medo, pois Deus está no controle. Onde Deus é Senhor, é também Pastor.
PRINCÍPIO #2
VOCÊ NÃO PODE ANDAR PREOCUPADO COM NADA
ENQUANTO NÃO APRENDER A ORAR A RESPEITO DE TUDO
Aquele que afirma “O Senhor é meu pastor, e nada me faltará” é o tipo de pessoa que responde a pergunta “O que te preocupa?” com uma única palavra: “Nada”. Mas, como consegue? Seguindo a orientação do apóstolo Paulo: “Não ande preocupado com coisa alguma, antes, sejam conhecidas diante de Deus as suas necessidades, através de orações e súplicas, com ações de graças” (Filipenses 4.6).
A preocupação não muda nada, a oração sim. A preocupação nos mantém encarcerados dentro das nossas impossibilidades, a oração nos coloca em contato com as possibilidades de Deus. Quando você estiver preocupado, terá apenas duas opções: ou irá para o quarto do descontrole, ou para o quarto secreto da oração.
Não ande preocupado com coisa alguma, antes ore a respeito de tudo, pois quando oramos lançamos sobre o Deus que cuida de nós, toda a nossa preocupação. O apóstolo Pedro recomenda “lançar sobre Deus a nossa ansiedade” (1 Pedro 5.7). “Lançar sobre” significa, literalmente, descarregar, despejar. A oração, portanto, é um extraordinário antídoto contra a preocupação.
Algumas pessoas pensam que a oração ativa a providência de Deus. Isto é, Deus está imóvel até ser cutucado com a oração de uma pessoa ansiosa. Mas isso não é verdade. A oração nos livra é da preocupação, porque a providência de Deus independe de nossa oração e de nossa preocupação. Repito: a providência de Deus não depende da nossa oração e da nossa preocupação.
Imagine que eu diga aos meus filhos, Fiquem tranqüilos, o papai vai cuidar de vocês”, e depois me recolha ao quarto e fique esperando que eles batam à porta dizendo, Papai, compre o caderno da escola... Papai compre a comida do almoço... Papai compre a passagem da viagem. Imagine que eu somente cumpra minha responsabilidade de pai caso meus filhos me lembrem de cumpri-la. Certamente seria um pai irresponsável. Cuidar dos meus filhos é uma responsabilidade que tenho, e que assumi com eles independentemente de eles estarem preocupados, e independentemente de eles ficarem batendo à minha porta. Prover é um compromisso da paternidade.
Da mesma maneira, quando Deus promete suprir todas nossas necessidades (Mateus 6.25-34), o cumprimento da promessa não depende da nossa preocupação ou da nossa oração.
Esta promessa de Deus é parte do compromisso que Ele tem com Ele mesmo. Uma lição muito interessante do Salmo 23 é que Deus nos guia pelas veredas da justiça por amor do seu nome. É uma questão de zelo de Deus com o seu próprio caráter.
Confira isto com Naum 1.7: “O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que nEle confiam”. A tradução da Bíblia na Linguagem de Hoje é extraordinária: “O Deus eterno é bom, em tempos difíceis Ele salva o seu povo, e cuida dos que procuram a sua proteção”.
Outro texto importante é Filipenses 4.6,7, que já lemos: “Não andeis preocupados com coisa alguma, antes em tudo façam orações a Deus”. Mas, observe que o texto não afirma que Deus vai resolver o problema que faz você ficar preocupado. O resultado da oração é que a paz de Deus, que excede todo o entendimento guardará o seu coração.
Não estamos tratando sobre quais são as dicas, as regras e as estratégias para ativar a mão de Deus e fazer com que Ele resolva os nossos problemas. O que estamos estudando não é “Como Deus resolve os nossos problemas”, mas sim “Como Deus nos mantém em paz no meio dos problemas”, isto é, quais são as respostas de Deus para nosso stress.
A resposta bíblica é clara: “lance sua ansiedade sobre Deus”... “Ore a respeito de tudo que lhe traz ansiedade” e experimente o que é “andar preocupado com nada”.
PRINCÍPIO #3
A PREOCUPAÇÃO DESNECESSÁRIA COM O MAL EVENTUAL DE AMANHÃ
EMBOTA A OCUPAÇÃO NECESSÁRIA COM O MAL REAL DE HOJE
Jesus mandou que não nos ocupássemos com o dia de amanhã. Ele disse: “Basta a cada dia o seu mal”. A razão apresentada por Jesus para que não nos preocupássemos com o dia de amanhã é que “o amanhã cuidará de si mesmo”.
Eu não entendia esse “o amanhã cuidará de si mesmo”. Mas a tradução da Bíblia na Linguagem de Hoje diz: “O amanhã trará os seus cuidados”. O que aprendo com isso é que há recursos dos quais necessitarei no dia 15, e que não existem no dia 3, mas existirão no dia 15. Algumas vezes, estes recursos existirão apenas no dia 13. Ou no dia 14. Na maioria das vezes, Deus deixa para trazer os recursos à existência no dia 15 mesmo. Comigo funciona assim. Há coisas que precisaremos resolver no futuro, cujas soluções não estão no presente, estão no futuro. Pôr isso é que Jesus está dizendo “basta a cada dia o seu mal”.
A preocupação com o que ainda não existe não acontece no mundo real, acontece no mundo imaginário, tirando a nossa atenção daquilo que temos que fazer no presente real. O que Jesus está nos ensinando aqui é agirmos adequadamente com os recursos, com as informações, com as realidades, com os acessos que nós temos aqui, hoje, no mundo real, acreditando que, lá no futuro, as coisas de que precisaremos chegarão com a necessidade: “O amanhã trará os seus cuidados”.
O que é andar pela fé? Diz a palavra de Deus que nós andamos pôr fé, e não pôr vista. Porque quem vê, não precisa de fé. Quem enxerga um depósito de R$ 5.000,00 na conta corrente dia 14, e tem uma conta de R$ 5.000,00 para pagar dia 15, está tranqüilo. Exceto se fica perguntando o que o estressado sempre pergunta: “E se?” Essa é a pergunta predileta do estressado: “E se?”... “E se no dia 14 o depósito não for feito?”... “E se no dia 14 acontecer alguma coisa com a pessoa que me deve?”... “E se ...?”
Andar pôr fé é andar sem o chão do dia seguinte, crendo que, na hora do passo, o chão vai aparecer. Isso é fé. Porque a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem (Hebreus 11.1). Andamos em direção ao Céu. Não o vemos. Mas sabemos que no momento em que for necessária a visão, ela aparecerá bem diante nós. Foi o que aconteceu com Estevão (leia Atos 7). A fé é o passo anterior à realidade objetiva.
A fé é o passo anterior ao recurso visível. Pela fé você anda mesmo sem ver, sabendo que o chão está lá, e que aparecerá na hora em que seu pé estiver chegando ao limite. Isto é que é “um passo de fé”.
É a mesma coisa que servir o jantar para uma multidão de cinco mil, quando na bandeja só tem cinco pães e dois peixinhos. Estender a bandeja para a multidão de cinco mil é fé. Ficar esperando os pães e os peixes se multiplicarem, para depois começar a distribuir, não é fé.
Quando andamos pela fé, andamos descansados quanto ao fato de que Deus vai trazer no dia seguinte o cuidado necessário para o dia seguinte. Deus vai trazer o suprimento necessário ao dia seguinte, apenas no dia seguinte. Foi essa a lição de Deus para aqueles que andaram no deserto, dependo do maná diário... “O pão nosso de cada dia”.
Essa questão de viver um dia de cada vez nos ensina que presentificar a vida é uma arte. Acontece que, quando nos preocupamos com o dia de amanhã, e vivemos sob idéias antecipadas, desperdiçamos o dia de hoje. Quantos são os relacionamentos estragados no dia 2, em função da conta do dia 15, antes do recurso aparecer no dia 13? Quantos são relacionamentos estragados em função das possibilidades funestas do amanhã que impediram as pessoas de desfrutarem das realidades agradáveis do dia de hoje?
O que Jesus está dizendo é: “Viva um dia de cada vez, o amanhã trará os seus cuidados”. Qual é a única certeza que podemos ter a respeito do amanhã? A única certeza que podemos ter a respeito do amanhã é que Deus vai estar lá, porque se “o Senhor é o meu pastor, e nada me faltará”.
Faça um exercício espiritual. Feche a porta do seu quarto, ajoelhe-se ao pé de sua cama e leia o Salmo 23 em oração, como um ato de devoção. Perceba que as expressões eu, meu e me aparecem dezessete vezes, e as expressões você, Ele e dEle, referindo-se a Deus, aparecem quinze vezes. Este Salmo é um Salmo sobre relacionamento com Deus. Você não precisa de novos conceitos, conselhos e insights. Você precisa mesmo é de um Pastor.
Há sempre a possibilidade de que no final dessa leitura, tendo estudado o Salmo 23, com novos conceitos, novos conselhos e novos insights na mente, você perca de vista o principal: o relacionamento de intimidade com o Bom Pastor. Tire, por um pouco, os olhos do seu problema, e coloque seus olhos em Deus e nas promessas de Deus. Uma das melhores maneiras de fazer isso é de olhos fechados. Respire fundo, e entregue sua ansiedade a Deus.
Depois, levante-se lentamente, e saia do quarto para a vida. Encare o presente real e deixe o futuro imaginário nas mãos de Deus, atrás daquela porta do quarto e bem mais alto do que os poucos centímetros da sua cama. Deixe seu futuro imaginário nas mãos de Deus.
CONCLUSÃO #1
Jesus mandou que não nos ocupássemos com o dia de amanhã. Ele disse: “Basta a cada dia o seu mal”. A razão apresentada por Jesus para que não nos preocupássemos com o dia de amanhã é que “o amanhã cuidará de si mesmo”.
Eu não entendia esse “o amanhã cuidará de si mesmo”. Mas a tradução da Bíblia na Linguagem de Hoje diz: “O amanhã trará os seus cuidados”. O que aprendo com isso é que há recursos dos quais necessitarei no dia 15, e que não existem no dia 3, mas existirão no dia 15. Algumas vezes, estes recursos existirão apenas no dia 13. Ou no dia 14. Na maioria das vezes, Deus deixa para trazer os recursos à existência no dia 15 mesmo. Comigo funciona assim. Há coisas que precisaremos resolver no futuro, cujas soluções não estão no presente, estão no futuro. Pôr isso é que Jesus está dizendo “basta a cada dia o seu mal”.
A preocupação com o que ainda não existe não acontece no mundo real, acontece no mundo imaginário, tirando a nossa atenção daquilo que temos que fazer no presente real. O que Jesus está nos ensinando aqui é agirmos adequadamente com os recursos, com as informações, com as realidades, com os acessos que nós temos aqui, hoje, no mundo real, acreditando que, lá no futuro, as coisas de que precisaremos chegarão com a necessidade: “O amanhã trará os seus cuidados”.
O que é andar pela fé? Diz a palavra de Deus que nós andamos pôr fé, e não pôr vista. Porque quem vê, não precisa de fé. Quem enxerga um depósito de R$ 5.000,00 na conta corrente dia 14, e tem uma conta de R$ 5.000,00 para pagar dia 15, está tranqüilo. Exceto se fica perguntando o que o estressado sempre pergunta: “E se?” Essa é a pergunta predileta do estressado: “E se?”... “E se no dia 14 o depósito não for feito?”... “E se no dia 14 acontecer alguma coisa com a pessoa que me deve?”... “E se ...?”
Andar pôr fé é andar sem o chão do dia seguinte, crendo que, na hora do passo, o chão vai aparecer. Isso é fé. Porque a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem (Hebreus 11.1). Andamos em direção ao Céu. Não o vemos. Mas sabemos que no momento em que for necessária a visão, ela aparecerá bem diante nós. Foi o que aconteceu com Estevão (leia Atos 7). A fé é o passo anterior à realidade objetiva.
A fé é o passo anterior ao recurso visível. Pela fé você anda mesmo sem ver, sabendo que o chão está lá, e que aparecerá na hora em que seu pé estiver chegando ao limite. Isto é que é “um passo de fé”.
É a mesma coisa que servir o jantar para uma multidão de cinco mil, quando na bandeja só tem cinco pães e dois peixinhos. Estender a bandeja para a multidão de cinco mil é fé. Ficar esperando os pães e os peixes se multiplicarem, para depois começar a distribuir, não é fé.
Quando andamos pela fé, andamos descansados quanto ao fato de que Deus vai trazer no dia seguinte o cuidado necessário para o dia seguinte. Deus vai trazer o suprimento necessário ao dia seguinte, apenas no dia seguinte. Foi essa a lição de Deus para aqueles que andaram no deserto, dependo do maná diário... “O pão nosso de cada dia”.
Essa questão de viver um dia de cada vez nos ensina que presentificar a vida é uma arte. Acontece que, quando nos preocupamos com o dia de amanhã, e vivemos sob idéias antecipadas, desperdiçamos o dia de hoje. Quantos são os relacionamentos estragados no dia 2, em função da conta do dia 15, antes do recurso aparecer no dia 13? Quantos são relacionamentos estragados em função das possibilidades funestas do amanhã que impediram as pessoas de desfrutarem das realidades agradáveis do dia de hoje?
O que Jesus está dizendo é: “Viva um dia de cada vez, o amanhã trará os seus cuidados”. Qual é a única certeza que podemos ter a respeito do amanhã? A única certeza que podemos ter a respeito do amanhã é que Deus vai estar lá, porque se “o Senhor é o meu pastor, e nada me faltará”.
Faça um exercício espiritual. Feche a porta do seu quarto, ajoelhe-se ao pé de sua cama e leia o Salmo 23 em oração, como um ato de devoção. Perceba que as expressões eu, meu e me aparecem dezessete vezes, e as expressões você, Ele e dEle, referindo-se a Deus, aparecem quinze vezes. Este Salmo é um Salmo sobre relacionamento com Deus. Você não precisa de novos conceitos, conselhos e insights. Você precisa mesmo é de um Pastor.
Há sempre a possibilidade de que no final dessa leitura, tendo estudado o Salmo 23, com novos conceitos, novos conselhos e novos insights na mente, você perca de vista o principal: o relacionamento de intimidade com o Bom Pastor. Tire, por um pouco, os olhos do seu problema, e coloque seus olhos em Deus e nas promessas de Deus. Uma das melhores maneiras de fazer isso é de olhos fechados. Respire fundo, e entregue sua ansiedade a Deus.
Depois, levante-se lentamente, e saia do quarto para a vida. Encare o presente real e deixe o futuro imaginário nas mãos de Deus, atrás daquela porta do quarto e bem mais alto do que os poucos centímetros da sua cama. Deixe seu futuro imaginário nas mãos de Deus.
CONCLUSÃO #2
“Quando você pensa no dia de ontem com orgulho e no dia de amanhã com esperança, então você viver o dia de hoje em paz”. Anônimo
Quem pensa no dia de ontem com orgulho, está em paz com sua consciência. Sabe que fez tudo quanto devia ter feito, e tudo quanto podia ter feito. Quem olha para o dia de amanhã com esperança, certamente confia que Deus vai estar lá. Somente estas pessoas vivem em paz o dia de hoje. Elas têm o carimbo de aprovação de Deus para o seu passado e as promessas de Deus para o seu futuro.