...... A Doutrina
...... da Igreja de Cristo
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...... Introdução
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...... A Igreja Verdadeira
...... A Origem da Igreja
...... A Definição de Igreja
...... Batismo no Espírito Santo
...... A Grande Comissão
...... As Ordenanças da Igreja
...... Disciplina na Igreja
...... Governo e Oficiais da Igreja
...... O Plano Financeiro da Igreja
...... A Noiva do Senhor
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...... Características das Igrejas Batistas:
...... (1) Características: Ceia e Perseguição
...... (2) Características: Cristo Fundador e a Bíblia
...... (3) Características: Ordem Doutrinária e Imersão
...... (4) Características: Membros Iguais e Sustento Pastoral
...... (5) Características: Antiguidade e Sucessão dos Batistas
...... (6) Características: Segurança Eterna dos Salvos
...... (7) Características: O Domingo e não o Sábado
...... (8) Características: A Autoridade da Igreja Local
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GOVERNO E OFICIAIS DA IGREJA DO SENHOR JESUS CRISTO
INTRODUÇÃO
Há três tipos de governo eclesiástico no mundo, Episcopal, Presbiteriano, e Congregacional. Mas, há um só tipo de governo eclesiástico correto. O Governo da igreja que Jesus Cristo fundou é congregacional. Este é o único governo reconhecido no Novo Testamento para a igreja. Vamos examinar estes três tipos de governo na luz do Novo Testamento para que possamos entender melhor o que a Bíblia ensina.
O GOVERNO EPISCOPAL
Esta forma de governo é uma hierarquia. Esta hierarquia de Papas, Cardeais, Arcebispos, e Bispos, governam a igreja toda. Estes oficiais são superiores aos padres e pastores das igrejas e só eles tem o poder (autoridade) e direito para consagrar e governar os padres e pastores e suas igrejas. Estes homens decidem tudo que acontece nas igrejas e elas tem nada haver com as decisões deles. Todas as igrejas e pastores são responsáveis aos oficiais superiores das igrejas. Jesus Cristo ensinou o contrário no Novo Testamento, (Lucas 9:46-48, Mateus 20:20-28).
O GOVERNO PRESBITERIANO
Esta forma de governo é só uma variação do governo episcopal. Ela reconhece dois tipos de líderes que governam a igreja toda; Pastores e Presbíteros. Estes homens formam o concílio da igreja local. O concílio faz todas as decisões e negócios da igreja: como receber, despedir, e excluir membros; o que a igreja faz com seu dinheiro; quem será o pastor. Se uma igreja não concordar com a decisão do concílio, pode apelar à instância superior da igreja. Após pode apelar ao Presbitério da igreja presbiteriana toda, após ao Sínodo, e após ao Supremo Concílio, que é a autoridade mais alta e final da igreja Presbiteriana. Cadê tudo isto na Bíblia? O Novo Testamento ensina que Pastores, Presbíteros, Bispos, e Anciãos são nomes diferentes pelo mesmo ofício da igreja, (Atos 20:17 e 28, Filipenses 1:1, Tito 1:5-7, I Pedro 5:13).
O Governo Congregacional e Independente é um desacordo irreconciliável com o Episcopado e o Presbiterianismo.
O GOVERNO CONGREGACIONAL
O governo da igreja do Senhor Jesus Cristo é congregacional. Uma Igreja Batista não tem o direito para fazer novas leis, nem anular os mandamentos de Cristo. Um pastor nem igreja tem direito para mandar outra igreja nem pastor. Ela só tem direito para observar e obedecer os mandamentos e as leis (Bíblia) dados por Jesus Cristo seu cabeça. Ela é governada pela Palavra de Deus através da congregação toda. Não existe poder (autoridade) eclesiástico mais alto do que ela.
Vamos notar a prova do governo congregacional e independente da igreja de Cristo no Novo Testamento.
1. A igreja (congregação toda) do Novo Testamento recebeu seus próprios membros. A comunidade toda da igreja em Roma foi mandada receber os novos convertidos, (Romanos 14:1). Também, a comunidade toda da igreja em Corinto recebeu de volta o homem incestuoso que se arrependeu do seu pecado, (II Coríntios 2:6-8).
2. A exclusão do homem incestuoso da igreja em Corinto foi feita pela votação (pela maioria) da igreja reunida, (I Coríntios 5:1-5, II Coríntios 2:6-8). Por isso, sabemos que o governo da igreja de Cristo é democrático e congregacional. Jesus Cristo mandou seu povo "dize-o à igreja" em Mateus 18:17, acerca da disciplina da sua igreja. Porque? Porque é a igreja toda que decide nestas coisas.
3. As igrejas do Novo Testamento escolheram seus próprios oficiais. Vamos ver!
Lucas indica que a igreja inteira participou na escolha de Matias para tomar o Apostolado ausente por Judas Iscariotes, (Atos 1:23-26). Esta igreja apresentou os candidatos, orou buscando a vontade de Deus, e escolheu Matias.
A igreja em Jerusalém escolheu seus diáconos, (Atos 6:1-6). Os Apóstolos não assumiram esta autoridade da igreja, mas a igreja toda assumiu esta obra e elegeu seus primeiros sete diáconos.
A igreja em Antioquia escolheu e mandou seus próprios missionários, Paulo e Barnabé, (Atos 13:1-4). Foi a igreja que fez isto e não uma missão nem convenção. Só uma igreja local e visível tem a autoridade para escolher, consagrar, e mandar missionários. A consagração feita por uma missão ou convenção não é válida. Estes missionários eram responsáveis a sua própria igreja e não à uma missão nem convenção. A igreja em Jerusalém fez a mesma coisa, enviou Barnabé a Antioquia para organizar uma igreja pela autoridade da igreja em Jerusalém, (Atos 11:22).
As igrejas no livro dos Atos dos Apóstolos elegeram seus próprios pastores, (Atos 14:23). "Por comum consentimento" significa eleger pelo estender ou levantar a mão, (então, é fazer votação). Foi as igrejas que fizeram isto, os missionários, (Paulo e Barnabé), somente dirigiram as igrejas certamente.
As igrejas escolheram até os companheiros de Paulo nas suas viagens missionárias, (I Coríntios 16:3, II Coríntios 8:19 e 22, Atos 20:4).
4. A. H. Strong no seu livro (Teologia Sistemática) justamente observa nestes versículos (Romanos 12:6, I Coríntios 1:10, II Coríntios 13:11, Efésios 4:3, Filipenses 1:27, I Pedro 3:8) que eles "não são meros conselhos de submissão passiva, tais como poderiam ser dados sob uma hierarquia, ou aos membros da companhia de Jesus: são conselhos de cooperação e juízo harmonioso."
5. Devemos notar também as exortações dadas no Novo Testamento de conservar a doutrina e prática puramente, (I Timóteo 3:15, Judas 3, Apocalipse 2 e 3). Elas não são dadas por um Bispo para seus pastores inferiores, mas elas são dadas por um Apóstolo para as igrejas e seus pastores. Não existe no Novo Testamento a organização eclesiástica maior do que uma igreja batista local e visível.
6. Notamos que o mandamento para guardar as ordenanças certamente foi dado a igreja local e visível e não a hierarquia, nem missão, nem convenção, (Mateus 28:16-20, I Coríntios 11:2, 23-24).
Concluímos que uma igreja batista é uma democracia pura que tem independência de todos os homens, hierarquias, missões, e convenções. Esta autoridade da igreja de Cristo não pode ser transferida para uma coisa maior do que ela. Ela tem um Cabeça (Jesus Cristo), uma constituição permanente e eterna (a Bíblia), e o Espírito Santo para guiá-la corretamente. Qualquer organização maior (que decide e manda o que a igreja faz) do que uma igreja local e visível está usurpando a autoridade dada a ela por Jesus Cristo.
OS OFICIAIS DA IGREJA DE CRISTO
Há dois, e somente dois, oficiais permanentes da igreja do Senhor Jesus: pastores e diáconos. O pastor é o oficial espiritual da igreja, e o diácono é o servo da igreja nas coisas temporais.
1. O Ofício do Pastor. Os três nomes para designar o ofício do pastor no Novo Testamento são: Bispo, Presbítero (ou Ancião), e Pastor. Estes nomes são nomes diferentes para descrever o trabalho e dever pastoral. A palavra pastor fala do dever pastoral de alimentar, proteger, defender, repreender, corrigir, e amar as ovelhas do rebanho. A palavra presbítero (ancião) fala do crescimento e experiência espiritual que um pastor tem que ter, quer dizer que ele não pode ser neófito (novato) nas coisas de Deus. A palavra bispo fala do trabalho pastoral em tomar o cuidado e superintendência da igreja.
O Novo Testamento revela que estes três nomes falam do mesmo ofício da igreja. Atos 20:17 e 28 mostra que é a verdade, porque os anciãos do versículo 17 são os mesmos homens chamados bispos e pastores (apascentar) no versículo 28. I Pedro 5:1-2 indica a mesma verdade: os presbíteros são mandados apascentar (ser pastor) e ter cuidado (bispo) do rebanho. Além destes versículos deve estudar Efésios 4:11, Filipenses 1:1, I Timóteo 3:1-7, Tito 1:5-9, e Hebreus 13:7.
A Bíblia dá as qualificações do pastor em I Timóteo 3:1-7 e Tito 1:5-9. Elas são obrigatórias e não opcionais. Uma igreja não deve nem tem direito para consagrar o homem não qualificado de ser pastor nem diácono. Não é ser somente qualificado na hora da sua consagração, mas é preciso continuar sendo qualificado. Se chegar o dia que o pastor consagrado não é mais qualificado de ser pastor, deve ser removido (tirado) do ministério.
Os deveres do pastor são o cuidado e guiamento do rebanho, o ensinamento da Palavra de Deus, e a administração das ordenanças.
2. O Ofício do Diácono. O diácono é o servo da igreja e auxiliador do pastor. Este ofício começou em Atos 6:1-6 quando a igreja em Jerusalém escolheu estes homens para aliviar os apóstolos do cuidado das coisas temporais da igreja. Assim, os apóstolos puderam dedicá-los à Palavra de Deus e oração.
Encontramos as qualificações do diácono em Atos 6:3 e I Timóteo 3:8-13. As qualificações do diácono não são opcionais, mas obrigatórias também. Uma igreja não deve consagrar ninguém ao ofício do diaconato nem permiti-lo continuar sendo diácono que não é qualificado ou deixa de ser qualificado.
3. A Consagração dos Ofícios da Igreja. O Novo Testamento ensina que os oficiais da igreja devem ser consagrados aos seus próprios ofícios. A consagração dos oficiais da igreja significa que estes homens (não há nada na Bíblia sobre consagrar mulheres a estes ofícios, são para homens só) são separados por Deus para este trabalho, e que a igreja está aprovando e autorizando-os para executar seus próprios ofícios. A consagração do Novo Testamento foi acompanhada pela imposição de mãos. A imposição de mãos é o símbolo da chamada de Deus e da autoridade da igreja. Os oficiais da igreja tem um grande privilégio e responsabilidade de servir nosso Deus. Deus nos ajude ser fiéis!